© Soraia Cals 2020

AVISOS LEGAIS

As fotos do Acervo Cinédia serão vendidas como apresentadas (sold as is).
As mesmas estarão expostas e disponíveis para análise dos dias 19 a 23 de agosto.
Ao arrematarem, os clientes são responsáveis pela decisão de compra e declaram estar de acordo com os termos do leilão.
Não serão aceitas devoluções.

 

O leilão se prende antes de tudo à apresentação de um conjunto de fotografias que são representativas do processo de divulgação de filmes, astros e estrelas, que inclui o uso de autógrafos, como forma de estreitar a relação entre os protagonistas das produções, do negócio cinematográfico e o público em geral. As fotografias se referem, em sua maioria inclusive, ao primeiríssimo momento desse processo, quando não estava definida ainda a figura do fã e sobretudo o culto a este ou aquele ator ou atriz em particular, algo que vai ocorrendo ao longo dos anos 20 e se consagra nos anos 30 do século passado. Não temos pretensão de autenticar assinaturas específicas, pois sabemos que elas têm origens variadas – de próprio punho, pelo agente, pelo secretário, pelo estúdio, e até mesmo por algum parente, como é o caso notório de Mama Jean, a mãe de Jean Harlow e que assinou a maior parte das fotos da filha que foram distribuídas pelos estúdios. Ademais, o leilão não é de autógrafos e sim de fotos autografadas como exemplos de todas essas práticas. Para muitas delas podemos assegurar que os próprios retratados assinaram, pois há registros ou indicações nesse sentido. Em outros, claramente é o contrário, com os estúdios ou até mesmo as publicações providenciando as assinaturas. Em alguns casos isso até foi massificado, pois encontra-se muitos exemplares de algo que deveria ser único. Se houver interesse por um item específico, podemos verificar a história particular do exemplar, mas insistimos que o leilão é sobretudo de uma coleção com essa característica evolutiva de divulgação por alguns veículos de imprensa cinematográfica brasileiros, como as revistas “Para Todos” e “Cinearte”, acompanhando a própria construção do tratamento da foto autografada – e não do autógrafo em si – na primeira metade do século XX no Brasil. O destaque vai para o fato de que sobretudo a revista “Cinearte” preocupou-se em ter correspondentes em vários centros de produção como Hollywood e Joinville e em colher esses autógrafos diretamente junto aos astros. O sabor e a importância maiores de entrar em contato com esse material reside nesse aspecto.
Nos escreva sobre itens específicos e tentaremos subsidiá-lo.

HERNANI HEFFNER
Gerente da Cinemateca do MAM Rio

Leilão Acervo Cinédia